André Guanabara André Guanabara

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30/06/2025

Sono e emagrecimento: como dormir melhor potencializa a queima de gordura e a performance metabólica

O sono de qualidade exerce influência direta no emagrecimento, na composição corporal e na performance metabólica. Não é apenas durante o dia, com alimentação e exercício físico, que o corpo trabalha a favor do emagrecimento. À noite, processos fundamentais ocorrem no organismo enquanto dormimos.

Durante o sono profundo, há regulação de hormônios que controlam o apetite, como leptina e grelina. Quando o sono é insuficiente, a leptina, que sinaliza saciedade, diminui, enquanto a grelina, que estimula o apetite, aumenta. Esse desequilíbrio hormonal favorece o consumo excessivo de alimentos, principalmente ricos em carboidratos e gordura.

Além disso, o sono influencia diretamente o hormônio cortisol. Altos níveis de cortisol, decorrentes da privação de sono, favorecem o acúmulo de gordura abdominal e dificultam o emagrecimento. A qualidade do sono também interfere na sensibilidade à insulina, fator essencial para o controle glicêmico e a queima de gordura.

Outro ponto crítico é a produção de hormônio do crescimento, que ocorre principalmente durante o sono profundo. Esse hormônio atua na manutenção da massa muscular, na reparação celular e no estímulo à queima de gordura.

Quando o sono não é adequado, o paciente pode apresentar maior dificuldade para emagrecer, perda de massa muscular, redução do rendimento físico e maior risco de desenvolver resistência insulínica.

Ajustes práticos para melhorar o sono e o metabolismo

Algumas mudanças simples na rotina podem impactar diretamente a qualidade do sono. Manter horários regulares de dormir e acordar favorece o equilíbrio do ciclo circadiano. Evitar o uso de telas luminosas à noite ajuda na produção natural de melatonina, hormônio essencial para o início do sono profundo.

O consumo de cafeína deve ser controlado, evitando seu uso após o meio da tarde. Da mesma forma, refeições pesadas próximas ao horário de dormir devem ser evitadas, pois dificultam o início do sono reparador. Um ambiente escuro, silencioso e com temperatura agradável contribui para a manutenção do sono profundo e contínuo.

Alguns pacientes podem apresentar deficiências nutricionais que impactam o sono, como baixos níveis de magnésio, vitamina D e melatonina. Nesses casos, a avaliação médica é importante para orientar a reposição adequada.

O sono como parte do tratamento metabólico

No consultório, é comum observar pacientes que ajustam alimentação e atividade física, mas mantêm dificuldades na perda de peso por não priorizarem o sono. O acompanhamento médico permite avaliar a qualidade do sono, investigar distúrbios como apneia ou insônia e, quando necessário, prescrever estratégias complementares de suplementação e ajustes na rotina.

O sono deve ser encarado como parte ativa do protocolo de emagrecimento, atuando no equilíbrio hormonal, na recuperação física e na eficiência metabólica. Cuidar do sono é cuidar diretamente do metabolismo, da saúde e da longevidade.